Objetivo central do colírio é proteger a visão dos diabéticos contra a retinopatia, complicação que se desenvolve em função do excesso de glicose no sangue e pode provocar cegueira.
Medicamento foi desenvolvido por time de pesquisadores da Universidade Estadual de Campinas, Unicamp.
O problema que o colírio pretende combater
Retinopatia diabética
Quem tem diabetes ou conhece alguém que tem sabe que o principal problema da doença é a glicemia elevada. Dentre as várias complicações que surgem com a glicemia alta, uma das mais graves é a pressão dos vasos sanguíneos da retina, região ocular que responde pelo processamento das imagens. Com o passar dos anos, os diabéticos que não cuidam da glicemia acabam ficando com esses vasos frágeis. E aí, pode ocorrer o entupimento deles, falta de bombeamento de sangue e hemorragia.
A retinopatia diabética é a principal razão de cegueira entre a população economicamente ativa de países desenvolvidos. De acordo com estudos acadêmicos, as chances da doença se desenvolver depois de 20 anos ou mais convivendo com a diabetes é de 100% para quem tem a tipo 1 e 60% para quem tem a tipo 2.
A ação do colírio
De acordo com as palavras da professora Jacqueline Mendonça, da Unicamp, o colírio consegue passar mais facilmente pelas barreiras oculares, seu princípio ativo (composição formulada pelos pesquisadores) chega melhor até a retina, onde deve agir (eliminando impurezas nos vasos).
O grande diferencial é que o colírio não é tão invasivo quanto os outros métodos conhecidos para tratar o problema — como a fotocoagulação com laser, as injeções intravítreas e cirurgias.
Se utilizado nas fases iniciais da retinopatia diabética, antes de ela aparecer mais séria nos exames, o colírio tende a proteger a região, impedir a degeneração dos vasos pela glicemia. A professora Jacqueline acrescenta que esta nova composição pode ser útil inclusive em outros tipos de doenças semelhantes, como o glaucoma.
O colírio será comercializado?
A equipe da Unicamp obteve bons resultados da ação do colírio em testes com ratos diabéticos, mas ainda é necessário fazer mais testes, e com humanos, antes de disponibilizá-lo à população.
Segundo informações do portal G1 sobre o tema, a fase de testes com humanos será dividida em dois tipos: uma com pessoas saudáveis (no intuito de checar a segurança da fórmula) e outra com diabéticos (aí sim, para testar os efeitos). Se tudo der certo, é muito provável que o medicamento seja lançado ao mercado em 5 anos.
FONTE: https://perfeito.guru